quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O amor, quando se revela...

«O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar. 
Sabe bem olhar p'ra ela, 
Mas não lhe sabe falar. 

Quem quer dizer o que sente 
Não sabe o que há de dizer. 
Fala: parece que mente 
Cala: parece esquecer 

Ah, mas se ela adivinhasse, 
Se pudesse ouvir o olhar, 
E se um olhar lhe bastasse 
Pra saber que a estão a amar! 
Mas quem sente muito, cala; 
Quem quer dizer quanto sente 
Fica sem alma nem fala, 
Fica só, inteiramente! 

Mas se isto puder contar-lhe 
O que não lhe ouso contar, 
Já não terei que falar-lhe 
Porque lhe estou a falar...»
Fernando Pessoa

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

«Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?» - Fernando Pessoa


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A minha versão


Ela sorri, ela chora, isola-se no quarto e pensa sem parar. Ela é frágil e forte ao mesmo tempo. Sabe lidar com o medo e com a insegurança, mas não sabe como lidar contigo. Ela gosta de ser acarinhada, adora beijos e abraços inesperados, adora que lhe mexam no cabelo e lhe digam o quanto gostam dela. Ela apega-se facilmente às pessoas, ama com todo o coração e dedica-se totalmente às pessoas que realmente merecem. Consegue ser carinhosa, atenciosa, romântica, sincera e boa ouvinte, mas também sabe ser fria. É observadora e muitas vezes silenciosa. É ciumenta e muitas vezes age sem pensar, talvez porque tem medo de te perder. Ela sou eu.